sexta-feira, 24 de julho de 2009

ERMÍNIA VALANDRO

ERMÍNIA com os filhos MARIA, LUÍS e, no colo, ALCIDE

Ermínia ou Hermínia, é a terceira filha na descendência familiar. Na certidão de nascimento consta o nome Ermínia Valandro, nascida às 10 horas do dia 18 de Abril de 1897, no local denominado Alto Rio dos Cedros; é filha de Augusto Valandro e de Juliana Swirkowski (ou Zwirkowski). Todavia, Ermínia sempre confirmou em vida ter nascido em 1898.
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Augusto, pai de Ermínia, nascido em 24 de Junho de 1871, é natural de Castelnuovo, Tirol Trentino/Itália e se casou com Juliana Swirkowski no dia 09 de Fevereiro de 1882, em Rio dos Cedros/SC. Augusto emigrou da Itália com cinco anos de idade, juntamente com o pai Francesco Valandro e a mãe Cândida Bastiani, e mais a irmãzinha Emanuela Luigia, com 12 anos na época da imigração. Luigia casou com Zaccaria Zanghellini, imigrado em 1880, com 21 anos, e foram morar em Rio Ada, Rio dos Cedros/SC, constituindo família com seis filhos: Gioachino, Verginia, Orsola, Maria, Antonio e Luigi. Francesco Valandro adquiriu o lote 44 da margem direita do Rio dos Cedros. Eram 234.995 metros quadrados, ao custo de 338$980 - trezentos e trinta e oito mil, novecentos e oitenta réis, título recebido em março de 1889. Francesco e Cândida tiveram aqui no Brasil mais dois filhos: Amália Valandro (Amália casou com Costante Swirkowski, irmão de Juliana, os quais tiveram seis filhos: Francisco, Daniele, Ana, Miguel, Petronilla e Giuseppe) e Giuseppa Valandro (Giuseppa casou com Antônio Ropelatto do qual enviuvou. Pouco se sabe dela. Conhecida por ‘Pina’, casou posteriormente com um polonês, mudando-se para outras terras, não se tendo mais notícias dela), que se somaram aos filhos Emanuela Luigia e Augusto, que vieram da Itália. Augusto faleceu de colapso cardíaco no dia 02 de Março de 1953, em Rio dos Cedros/SC.
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Juliana, mãe de Ermínia, nascida em 15 de Maio de 1872, é natural de Varsóvia/Polônia, época em que a Polônia ainda pertencia à Rússia. Juliana possuía uma linda, maravilhosa e encantadora voz para cantar, como diziam na época: "uma voz de clarineta", de tão límpida. Voz de clarineta dizia-se para designar aquela altíssima voz “de cabeça”. Faleceu de ataque cardíaco fulminante no dia 29 de Março de 1940, aos 67 anos de idade, em Rio dos Cedros/SC. Juliana é filha de Vicente Swirkowski e Marianna Brojinska.
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Família de Augusto e Juliana
Da esquerda à direita:
Daniel, Adelaide, JULIANA, o neto Evaristo, AUGUSTO, Elvira e Quirino.
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Augusto e Juliana formaram numerosa família. São seus filhos:
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01 - Clementina Valandro, a primogênita, nasceu no dia 26 de Abril de 1893. Clementina casou com Luís Felippi, e teve família numerosa: Arduino, Ulisses, Tercílio, Otávio, Maria, Almida, Evaristo, Amélia, Diomira, Júlia.
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02 - Ferdinando Valandro nasceu no dia 27 de Maio de 1895. Ferdinando casou com Fortunata Campestrini e tiveram cinco filhos: Alzira, Amandio, Edi, Vito, Irma e Margarida. Enviuvado, Ferdinando casou com Irma Lenzi e com esta teve o filho Floriano.
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03 - Ermínia Valandro casou com Germano Mengarda, citados neste BLOG.
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04 - Romana Valandro nasceu no dia 12 de Janeiro de 1899. Romana casou com Paulo Campestrini e tiveram treze filhos: Honório, Dólia, Mário, Ovídio, Ema, Nelo, Nildo, Fausto, Dino, Hortêncio, Donzila, Júlia e Inês.
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05 - Daniel Valandro, batizado Daniele, nasceu no dia 26 de Outubro de 1900. Daniel casou com Ana Campregher teve oito filhos: Ebe, Itália, Mariota, Olivo, Alma, Urânia, Anita e Orlando.
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06 - Maria Valandro nasceu no dia 07 de Setembro de 1902. Deve ter falecido criança, pois não se tem notícias dela. Apenas consta nos livros de Batismo de Rodeio/SC, registro sob número 355.
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07 - Quirino Valandro, registrado Echerino no batismo, nasceu no dia 10 de Julho de 1905. Quirino casou com Catharina Nasatto, com quem formou numerosa família de catorze filhos: Delmira, Lírio, Maria, Arlindo, Célia, Valcir, Darci, Nelson, Zenita, Iracema, Elenita, Lurdes, Erci e Imélio. Quirino está sepultado no cemitério de Guaramirim. Na lápide, consta a data de nascimento como sendo 12 de Julho. Faleceu a 12 de Setembro de 1977.
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08 - Elvira Valandro, registrada Elvira Antônia no batismo, nasceu em 28 de setembro de 1907. Casou com Roberto Ramos e teve os filhos: Vanilde (que passou a se chamar Irmã Carmen depois dos votos religiosos), Clélia, Miranda, Vilma, Natália, Genésio, Fiorindo, Erwin, Juliano e Gentil.
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09 - Emília Valandro nasceu em 1909. Emília faleceu ainda criança.
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10 - Adelaide Valandro, registrada ADELE, nasceu no dia 18 de julho de 1915. Adelaide casou com Alberto Floriani e teve oito filhos: Galdino, Averaldo, Juvenal, Sérgio, Amélia, Anita, Mafalda, Irmantina.
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Nos registros de batismo da Paróquia de Rio dos Cedros, foram encontrados ainda dois natimortos, filhos de Augusto e Juliana "2 setembro de 1911, uma inocente criança de Valandro Augusto e Juliana". Mais adiante: "18 agosto 1912, uma inocente criança de Valandro Augusto e Juliana".

Casa de Germano e Ermínia, construída em 1934.
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A infância e a juventude de Ermínia foi difícil: muito trabalho em casa, na roça, ajudar os vizinhos, cuidar dos irmãozinhos que iam nascendo, missa aos domingos em Rio dos Cedros, um baile que outro de vez em quando, banhos no Rio dos Cedros que passava pouco abaixo, encontros dominicais com a “galerinha” de então. Cantava-se muito naquela época. Ermínia levou por toda a vida o canto. Ensinou sua prole a cantar e gostar da arte do canto. Possuía um repertório riquíssimo de músicas italianas trazidas pelos imigrados, foi aprendendo outras com o tempo, diversificou seu repertório aprendendo músicas brasileiras, principalmente as populares e sertanejas. Até algumas músicas polonesas cantava, além de conhecer um pouco daquela língua. Todavia, foi em um baile numa queijaria dos Lenzi, no Glória/Alto Pomeranos, Rio dos Cedros/SC, que a vida tomou novo rumo. Ermínia quedou-se aos encantos de um moço bem apessoado, atraente, alto, magro, que naquele baile dançava sem parar. Em certo momento do baile, tal moço vestiu um avental de couro que os trabalhadores usavam para fazer o queijo, ele próprio era um desses trabalhadores, e passou a fazer algumas brincadeiras chamando a atenção das moçoilas ali presentes. Tal moço, em certo momento, atraído pela atenção dessa jovem e encantadora donzela, convidou-a a dançar. Esse baile na queijaria foi determinante para que Ermínia e Germano começassem um namoro que durou até a morte deste, em 1962, passando por treze filhos, nove homens e quatro mulheres. Ermínia sempre foi uma grande batalhadora ao lado de seu esposo Germano. Posteriormente, já viúva, continuou dedicando-se aos afazeres domésticos e à família com maestria, vindo a falecer de insuficiência cardíaca e diabetes no dia 17 de Dezembro de 1973, em Rio dos Cedros/SC. Está sepultada no cemitério de Alto Pomeranos, Rio dos Cedros/SC. Descanse em paz o sono dos Justos! R.I.P.
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BRASÃO DA FAMÍLIA VALANDRO
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